Existe um pacto demoníaco entre o inverno e a solidão,
Um não mais vive sem o outro.
No inverno e as boas lembranças vem atacar cruelmente,
Friamente.
Os dias são mais longos e as sensações de desespero
São mais corriqueiras.
Caminhar pela casa,ouvir os próprios passos,
Tudo parece tão amedrontador.
Nesses dias bem frios é que eu lembro das escolhas que fiz,
Lembro de tudo que amei e não tenho mais.
Procuro programas de inverno pra fazer, procuro,
QUERO, imploro por companhia mas,
Sinto que a única solitária da terra ainda sou eu.
E, parece que até o horóscopo está contra mim:
_Sim, você está só. Próxima pergunta.
Eu passo a desconfiar dos meus queridos,
A sensação é de que existe uma notícia da qual eles querem me poupar (...)
O cinza e o negro estão no ar,
Eu perco a fome...a vontade de ter vontade.
Sinto que tento em vão recuperar o que já está destroçado
E, já nem reconheço como "familiar"os pedaços que ainda existem.
Sinto que só eu ainda SINTO.
E a má notícia é que não encontro a fórmula ideal
Para arrancar de mim, à força, aqueles detalhes tão fatais.
O que eu já não quero mais AQUI.
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