Você se esforça para ninguém te perceba tão pretensioso,
E essa pretensão te consome a criatividade, a naturalidade
Que precisa para atuar melhor.
E logo te sobra o pânico, ele mesmo!
A tua pretensão foi desmascarada,
Todos eles sabem, especialmente quem nunca poderia ver.
Agora você sai correndo para o seu esconderijo imaginário,
E a imaginação, essa víbora de tantos dedos duros e olhos risonhos
Já não te oferece proteção alguma, você está nu!
Pessoas te observam, riem, julgam, cospem nessa cara descarada.
Você morre fétido, gelado, despretensiosamente esquecido, e assim ACORDA!
Está vivo, e no espelho ainda é você,
Mesmo que isso já não faça sentido algum,
Ainda é VOCÊ.
(...e poderia ser pior?)