Minha mente trama, ama, engana
Me trapaceia inconscientemente, indisciplinadamente
O corpo obedece, agradece, enobrece e esquece
A mente...a mente não mente.
O corpo insinua, simula
E na pele nua, vence
A carne extremece, logo a alma condena (...)
Profano é corpo! Esse pedaço de carne que não sente.
Insensível é o silêncio que se segue
A mente pausa e se convence do sono profundo
Profana é a mão que toca e depois se afasta
E na mente acorda o mundo, involuntarimamente.
sábado, 27 de março de 2010
quinta-feira, 11 de março de 2010
O cigarro.
Se levantou e deixou alí o último cigarro
E com ele, muito mais nas entrelinhas
Congelou no tempo aquele último sorriso
E as palavras que nunca foram ditas.
No último cigarro ficou a última lembrança
Nem boa nem ruim, apenas lembrança
De duas pessoas que já não seriam duas
E sim, aquele que fere e aquele que sai ferido.
Ninguém fumou aquele cigarro deixado
Ele, e outras lembranças espalhadas pelo chão
Voaram pela sacada e nunca mais foram vistos
E tudo voltou ao que sempre foi, ou não.
E vieram outros cigarros (...)
E com eles uma pergunta que incomodava:
A quanto tempo vinha fumando?
Desde quando não diferenciava o que chegava à sua mão.
Pois tudo virava cinza, se apagava
E na boca restava sempre aquele sabor amargo do final
Num dúbio despertar decidou abandonar vícios destrutivos
O cigarro, as paixões, a tolerância e a fé no próximo.
E com ele, muito mais nas entrelinhas
Congelou no tempo aquele último sorriso
E as palavras que nunca foram ditas.
No último cigarro ficou a última lembrança
Nem boa nem ruim, apenas lembrança
De duas pessoas que já não seriam duas
E sim, aquele que fere e aquele que sai ferido.
Ninguém fumou aquele cigarro deixado
Ele, e outras lembranças espalhadas pelo chão
Voaram pela sacada e nunca mais foram vistos
E tudo voltou ao que sempre foi, ou não.
E vieram outros cigarros (...)
E com eles uma pergunta que incomodava:
A quanto tempo vinha fumando?
Desde quando não diferenciava o que chegava à sua mão.
Pois tudo virava cinza, se apagava
E na boca restava sempre aquele sabor amargo do final
Num dúbio despertar decidou abandonar vícios destrutivos
O cigarro, as paixões, a tolerância e a fé no próximo.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Nanismo
Eles apareceram tão grandes, a princípio
Mas no começo todo mundo parece grande
Todos são maiores que as expectativas
Mas depois vão diminuindo, diminuindo....
Porque vocês insistem em sofrer de nanismo?
Mas no começo todo mundo parece grande
Todos são maiores que as expectativas
Mas depois vão diminuindo, diminuindo....
Porque vocês insistem em sofrer de nanismo?
domingo, 7 de março de 2010
A paz.
A frieza com que ela chega...
Seu impacto é um choque que leva ao esquecimento
Sem remorsos, ela lava o sangue derramado
Os vestígios se apagam como se jamais existiram
Ela parece a mentira mais bem contada
A âncora de um navio desgovernado
A razão que explica a sanidade e a demência
A droga que neutraliza os sentidos e o sentir.
Sem amor nem rancôr
Um vazio sem som, cor ou sombra
Não resta nada onde apenas indiferença existe
A PAZ é indiferente à qualquer passado.
Seu impacto é um choque que leva ao esquecimento
Sem remorsos, ela lava o sangue derramado
Os vestígios se apagam como se jamais existiram
Ela parece a mentira mais bem contada
A âncora de um navio desgovernado
A razão que explica a sanidade e a demência
A droga que neutraliza os sentidos e o sentir.
Sem amor nem rancôr
Um vazio sem som, cor ou sombra
Não resta nada onde apenas indiferença existe
A PAZ é indiferente à qualquer passado.
quarta-feira, 3 de março de 2010
A espera
Ficava alí ouvindo música,
Fingindo que não percebia o tempo passando
Disfarçando a angústia, e a sensação de não pertencer
Á ninguém, se não à mim mesma, menina mimada.
Não aprendi a esperar desde que entendi
Que toda espera é uma forma de tortura sem precedentes
É o descaso de quem se faz esperar
E se as horas passam, elas dizem mais que palavras.
Ficava alí roendo as unhas,
Desbotando o esmalte e borrando o batom
Sentindo a maquiagem descendo quente pelo rosto
Ficando feia e esperando um milagre que me tirasse dalí.
A espera foi tão longa que cansou toda a beleza
Cansou toda a polidez, cansou o corpo e a razão
A longa espera roubou as grandes esperanças
E com elas, a inocência necessária para esperar outra vez.
Fingindo que não percebia o tempo passando
Disfarçando a angústia, e a sensação de não pertencer
Á ninguém, se não à mim mesma, menina mimada.
Não aprendi a esperar desde que entendi
Que toda espera é uma forma de tortura sem precedentes
É o descaso de quem se faz esperar
E se as horas passam, elas dizem mais que palavras.
Ficava alí roendo as unhas,
Desbotando o esmalte e borrando o batom
Sentindo a maquiagem descendo quente pelo rosto
Ficando feia e esperando um milagre que me tirasse dalí.
A espera foi tão longa que cansou toda a beleza
Cansou toda a polidez, cansou o corpo e a razão
A longa espera roubou as grandes esperanças
E com elas, a inocência necessária para esperar outra vez.
Feras
Tudo um dia acaba, amor, ódio, ciúme
Os odores, os rancôres, as boas intenções
E como feras domadas aprendemos alguns comandos
Mas o perigo e o descontrole moram alí...na essência.
Disfarçamos tão bem nossas sensibilidades
Que nos tornamos vítimas dos nossos próprios personagens
Ora passivos, ora amendrontadores, ora insignificantes
Nos amamos à medida que nos apedrejamos.
E seria pouco dizer que nosso cinismo é tão real
Quanto todas as promessas que não tencionamos cumprir
Mas no decorrer dos dias tudo isso perde seu impacto, fato
Somos feras com o dom das palavras, e são elas que ferem mais.
Os odores, os rancôres, as boas intenções
E como feras domadas aprendemos alguns comandos
Mas o perigo e o descontrole moram alí...na essência.
Disfarçamos tão bem nossas sensibilidades
Que nos tornamos vítimas dos nossos próprios personagens
Ora passivos, ora amendrontadores, ora insignificantes
Nos amamos à medida que nos apedrejamos.
E seria pouco dizer que nosso cinismo é tão real
Quanto todas as promessas que não tencionamos cumprir
Mas no decorrer dos dias tudo isso perde seu impacto, fato
Somos feras com o dom das palavras, e são elas que ferem mais.
segunda-feira, 1 de março de 2010
flash back
você mora na estante empoeirada do passado
meus amigos já esqueceram do teu nome
nossa imagem nunca mais foi associada
e eu não tenho mais notícias suas.
não vivemos no mesmo mundo e até sinto
que nunca dividimos qualquer assunto comum
não nos conhecemos mais e isso nem tem relevância
mas hoje, foi apenas hoje, me assaltou um flash back.
acordei dentro de um sonho real demais
tive a opressiva sensação de presença
senti estranheza, dúvida e algum medo inconfessável
o nome disso é carência ou recaída?
meus amigos já esqueceram do teu nome
nossa imagem nunca mais foi associada
e eu não tenho mais notícias suas.
não vivemos no mesmo mundo e até sinto
que nunca dividimos qualquer assunto comum
não nos conhecemos mais e isso nem tem relevância
mas hoje, foi apenas hoje, me assaltou um flash back.
acordei dentro de um sonho real demais
tive a opressiva sensação de presença
senti estranheza, dúvida e algum medo inconfessável
o nome disso é carência ou recaída?
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