sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sobre fotos antigas.

Ver fotos antigas é como assistir ao próprio funeral.
Nelas, já não há mais vida.

Mas algumas lembranças saltam aos olhos, ao coração...
E, conter as lágrimas é como se auto-renegar.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

E o nosso passado passa por nós.

Hoje saí sem vontade de ser, estar.
Apenas saí andando e cheguei.
Onde também não fazia questão de estar.
Porque nessa cidade, tudo lembra o que também já não quero lembrar.

A música alta com conversas, a juke box, os sorrisos, as expectativas.
Um dia também te olhei assim, com esse cio de caça.
Um dia você também me olhou e, eu me senti tua presa.
Por prazer, convicção. Eu quis ser sua.

E hoje, como dois estranhos evitamos qualquer contato.
Quando tudo começou a dar errado? De quem foi a culpa?
Hoje, como dois estranhos seguimos o que talvez não deveria ser interrompido:
Quem não éramos para ser, jamais.

terça-feira, 14 de julho de 2009

você, as 4 estações.

gosto dessa má conduta,
desse desprezo,
desse orgulho que não cessa.
es tão dono de sí que nunca estará só.

ambos sabemos que teu personagem já vendeu mais,
eu também já acreditei nele e, tantas pessoas...
tú sabe como ingnorar,
conhece meus pontos fracos.

mas, a má notícia é que também conheço os teus,
eu aprendi a dar as cartas no teu jogo.
aprendi teus truques e estudei tuas trapaças,
você já não é mais o vencedor.

saia dessa bolha fantástica que te consome,
que te faz acreditar que estás protegido.
és tão vulnerável quanto uma uma rosa na tempestade,
és o leão velho e ferido no rosto por outro mais jovem.

você .....você já não me fere mais,
talvez ainda prenda minha atenção, de vez em quando
talvez ainda receba meus poemas mas,
ainda assim apenas uso tua imagem por falta de dor.

você, 2008 e as quatros estações passaram.
é tudo novo outra vez, renove-se.
pior que não despertar mais paixões é,
não despertar mais SURPRESAS.

Nossas mentiras

Porque tuas mentiras ainda me ferem tanto?
Penso tanto nelas,
Lembro tanto...que parece até que elas
Já são minhas, de tanto que as tenho em mim.

Nunca vais arcar com o peso de cada palavra que saiu da tua boca.
Que me tira a fome, o dia, a noite, a minha verdade.
Confundo minhas lembranças e, tudo vem distorcido em
Minha mente. Você nunca foi real.

Essa dor é lisérgica. É enlouquecedora, suicida.
Vai, sorrí com teus amigos,
Procure alguém para ocupar meu lugar na sua conchinha.
Abras as portas do coração que sem piedade, me aprisionastes.

Nossas pérolas foram espalhadas pelo chão.
Nossos valores foram perdidos numa madrugada qualquer.
E quem ficou os restos do que foi nosso?
Eu, você....ninguém, tantas pessoas. Quem?

As vezes preciso me resgatar dos delírios de amor e ódio.
Do vazio que existe em mim.
Com que mãos frias me arrancaste tudo que havia em mim?
Não sinto, não continuo, não morro e não mais vivo.

Nossas mentiras, amor e culpa.
Até quando vou maquiar essa carcaça,
Se dentro já não há mais o que se possa aproveitar?
Não há sonhos, frio na barriga ou febre de nova paixão.

Ao revirar a casa, nada encontrei
Além de um baú entupido de velhas mentiras. As nossas.
Nós fomos irreais e,
De agora em diante seremos apenas lenda.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Tanta calma ruidosa.

Através desses teus olhinhos verdes,
Tão claros como os primeiros raios do dia,
Posso sentir por um momento tantos anos em apenas
Poucos segundos.

Teus belos olhinhos me fazem lembrar dos meus dias mais especiais,
Mais felizes, dos que eu gostaria de ter esquecido.
Nos últimos 8 anos você tem feito parte de cada passo que eu dei e
Tantos deles foram por você, e alguns deles te machucaram, eu sei.

De vez em quando me pergunto sobre essa calma.
Não sei até onde esse silêncio significa paz.
E, se é paz... não é dessa paz que preciso.
Sinto falta do barulho de uma vida completa, de um lar.

Talvez eu tenha te obrigado a ser meu outro eu.
Te ensinei a amar, sentir segurança, ser feliz e
Bruscamente sair correndo, deixando tudo para trás.
Reaprendendo a adaptar-se a uma nova vida.

Vezes por egoísmo, vezes por exagerada fé no "ideal".
Talvez tudo isso tenha te ferido tanto quanto a mim
Mas, sei que isso também te fez mais forte.
Você, mais que tudo, é a maior parte de mim.

Hoje, ao acordar com teus olhinhos me encarando com ternura,
Foi como ver um filme de minha história passando...
Eu ainda não desití. Ainda luto pelo nosso melhor.
É somente tua inocência me devolve por poucos minutos,
O que a vida nessa terra já roubou de mim.

*Tarja,8 anos.