quarta-feira, 2 de março de 2011

Aquele que fere a fera.

Hoje é um daqueles dias em que dormir cada vez mais ainda não é suficiente.
Não, não fui vítima de sorte alguma de acontecimentos contra minha vontade.
Ao contrário, é o poder ferir que me fere hoje.
Por tantas vezes me senti traída, usada, abandonada.

Essa sensação de auto-flagelo misturado à pena de mim mesma
Sempre me soou tão confortável que mal mesmo era sair disso.
Mas, ferir-te dói mais.
Dói-me a dor estampada em tão puros olhos verde-água.

Corrói-me como ácido a dor silenciosa e honesta que leva meu nome,
As lembranças boas que agora machucam,
Elas levam o meu cheiro, minhas gargalhadas, meus passos.
E não há pra onde fugir, pois sabe-se: aqui é meu lar.

Descbri em mim alguém que sente pena!
Por onde andava essa alma que tanto já me fez falta?
Descobri em mim algum resquício de pureza.
Mas hoje sou parte de algumas marcas de crescimento em ti.