Observo um mundo do lado de fora
E tudo está sempre ao longe, eu não ligo
É uma ilusão pela metade
Basicamente partes do que fui e vivem jogadas por aí
E tudo que tenho a oferecer é meu meio-amor
Meio encantamento com o que não me toca
A preguiça de fingir que não a tenho
Quando o que mais tenho me vem pela metade (ansiedade de ser leve).
Metade eu ofereço meio sem vontade
Outra metade eu imploro (com preguiça, sempre)
Quando deito já não durmo e quando durmo já não sonho
E quando sonho não é mais sonho.
Meu corpo está onde não me vejo presente,
As vozes do meu lado, as risadas, as esperanças
Tudo me é indiferente como o aniversário que faltei
É tudo passado e futuro num presente que não vivo.
Vai, tome minha mão e leve contigo alguma lembrança
Aliás, levem-as todas, uma a uma!
Não as quero mais
Não quero nada do que queiras pois querer me é demais.