terça-feira, 1 de setembro de 2009

Casa vazia.

Nada ficou em seu lugar além de um estrondoso silêncio.
E não houve chimarrão que pudesse esquentar
Aquela parte dentro de mim que dependia do teu calor.
Não houve adaptação que não soasse como castigo.

E, depois de algumas ilusões necessárias,
Encarei no espelho um rosto cansado, perdido.
As mutações sofridas ainda eram tão presentes
Que parecia que era sempre o começo.

E ví passar dias, meses , anos.
Esperei cada dia 22, 25...cada mês de janeiro, outubro.
E já me dou com outro setembro.
E a casa continua lá, com nossa mobília sentimental fora do lugar.

Algo alí não se encaixava mais.
Mesmo no abraço apertado havia distância
E, no sorriso escancarado havia mágoa.
Múmias verdes, foi o máximo que nos tornamos.