quinta-feira, 22 de abril de 2010

Toda beleza

Havia um gosto de orvalho na pele sedosa
Daqueles que viviam intensamente
As músicas, as modas, os beijos
A sensação da descoberta que era única

Saudosos os tempos em que o espelho
Era parcialmente cruel
E o martini tinha a doçura exata de uma época
Essa que o tempo levou embora com toda a beleza que havia

Belos rostos novos em velhas fotografias
De musas à mães gordas e infelizes
De musos à calvos insatisfeitos e brochas
Bela é a juventude, o resto é masoquismo!