segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Como uma pedra rolando.

Entrei naquele bar escuro,
Era só o que eu queria naquele momento.
Me senti a vítima, depois a vilã,
Depois não senti mais nada, apenas fiquei alí.

A reflexão vem com a embriaguês,
Reencontrar velhas paixões,
Dar falsas esperanças à outras,
Faz parte do meu jogo e, a ressaca pode esperar.

Como deveria se portar uma distinta dama?
As vezes não sei se sou mulher, homem ou cavalo.
Na maior parte delas, tenho certeza que não sou como as outras.
Mas meus anseios são os mais ordinários, comuns (...)

Eu prezo o drama, gosto de sofrer
Lembrando que tudo que mais amei, vi indo embora.
E a cada novo amor,as despedidas já nem têm cerimônias.
Alguém dá as costas, alguém ainda fica assistindo.

Depois, eu sou a dona dos meus pecados.
E cometo um à um com indefinível prazer.
Não sinto culpa, não sinto pena.
Quem tem medo, não pode ter poder.

E agora, nesse lugar que jurei não voltar mais,
Pago por minhas grandes companheiras, e elas estão vazias.
Uma ressaca à caminho, promessas à esmos.
Mas como uma pedra rolando, eu não páro por aí...