sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Les criminals

Por trás da névoa incerta de cada noite
Quando o mal se veste de bem
E o bem se rende ao mal,
Nossas intenções se confundem.

Por trás de cada copo que esvaziamos,
Um mundo se abre perante nós.
Quem fostes até ontem com tanta convicção
Hoje, essa certeza, já não te pertence mais.

Então unimos nossos personagens
Numa excitante atuação que termina num duelo real.
E amanhece, e a luz do dia cai sobre nossas cabeças
Iluminando a face dos amantes infiéis.

Eu te estranho, tu me me estranhas,
Mas ainda estamos aqui pretendendo qualquer forma de afeto...
Porque somos fracos de espírito,
Porque tememos a solidão como crianças perdidas.


Eu te engano, e tu me enganas.
Assim transformamos diferenças em falsas esperanças,
Como se esse mundo marginal arcasse com nossas contas,
Agora já não devemos nada à ninguém.