sábado, 23 de abril de 2011

Abril

Não faz frio nem calor
Também não faz canção, viagem ou mudanças
Não se faz do quase meio ano um ano inteiro
Não se faz do nada um nada inteiro

Nada muda ao passo de mudanças programadas
Nada muda, nada mudou
Nada e ninguém
Ninguém sou eu e você fazendo planos para nada

Conte comigo os trezentos e sessenta e cinco e dias e mais acréscimos
Conte-me o que mudou e a parte que perdi
Pois se eu mesma tento te explicar, me soa complexo
Eu nunca sei mais de ti do que de mim, e vice-versa

Quero rimar abril com febril
Mas o coração é vil e não sentiu
Que pouco a pouco a febre da paixão sumiu
E cá estamos nós em outro abril...