quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Depois de uma noite mal sucedida.

Conheço o gosto do teu beijo,
O cheiro do teu corpo quando acorda,
Quando passa o dia todo na rua.
Reconheço teus passos quando está chegando.

Conheço tanto de você que não consigo separar
O que é meu ou seu. Tudo é NÓS.
Tudo em você me preenche, é nescessário.
Tua voz, tua saliva quente, teus dedos entre meus cabelos.

Tudo em você brutalmente é essencial.
Eu sou a fêmea ao dispôr de todos os teus caprichos.
Eu não preciso de você, eles me dizem.
Mas, eu não consigo deixar de ser teu objeto.

Você me usa, eu agradeço.
Me embriago em outros braços pra depois lamentar tua falta.
Quero acabar com isso. Vou embora. Tenho opções.
O desespero de que você não seja mais meu volta a me atormentar dia e noite.

Mais uma noite à qual eu quase te esquecí.
Eu quase senti outra vez aquela sensação do novo começo.
Mas, passou. A ilusão passa num piscar de olhos e três copos.
E meus sentimentos são ambíguos, cruéis, cínicos, mas são SEUS.

A tua frieza é a minha punição.
Eu mereço, aceito e agradeço outra vez.
Você é CRUEL! Frio. Sádico. Isso me machuca tanto...
E é isso que te faz tão dono de tudo que te cerca.
Tão dono de mim. Eu não preciso de compreensão.