quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Todo fim é apenas ordinário.

Sinto a punhalada em minhas costas,
Ao dar-me com tua face,
Nem sequer consigo deixar esvair
Qualquer nota de surpresa.

Não sinto contra mim qualquer conspiração,
Maldade ou, vingança velada.
Apenas tua presença.

És quem és.
E, em tuas práticas já não resta em mim
Qualquer dúvida de tudo que éres capaz.

E vês!
Nem pareces mais o mesmo
Que um dia confiei tanto do que havia em mim.
Cegamente.

Vês, meu bem.
Quando as cortinas se fecham voltamos à quem sempre fomos.
E já nem posso mais ser platéia da tua entediada atuação.
E você mesmo já esqueceu as falas do teu papel.

E téns, agora
Um palco onde atuas sozinho.
E tua corja irá te aplaudir,
Enquanto lhe fores útil.
Mas, quando a luz se apaga (....)